Pouca coisa consegue mexer mais com o ser humano do que a arte. Ela existe em muitas formas, tamanhos e intensidades, mas entre elas, a considerada por muitos mais expressiva e universal é a música. O ser humano e a música tem uma longa história juntos, o primeiro instrumento musical artesanal é uma flauta feita com osso de pássaro que data de 35 mil anos A.C.

Ao longo dos séculos, passando pelas harpas gregas, os pífaros romanos, bandolins ingleses e seus primos, as cítaras indianas e os shamisens japoneses entre inúmeros outros instrumentos espalhados por culturas ao redor de todo o planeta, passando por períodos de elitismo, como na Europa renascentista em que era muito mais comum que os músicos fossem de famílias ricas, até os dias de hoje, onde qualquer um pode fazer o download de um programa de mixagem e criar faixas ao seu bel prazer, a música tem sido uma leal companheira e fonte de relatos históricos, sempre retratando a sociedade na qual é composta.

Hoje, no entanto, vivemos um período incomum em que embora haja certo declínio, os artistas que produzem canções em inglês ainda vendem muito mais ao redor do mundo do que artistas locais. É no mínimo curioso que em países ao redor do globo, muitos deles de cultura tradicional e rígida, as músicas em inglês ainda façam mais sucesso que as músicas populares.

O inglês é um idioma simples, pode não parecer, mas é. Até por isso está se tornando a língua mais falada do planeta, porque todos podem aprender, seja na Colômbia, seja no Camboja. E por ser simples ele trás construções simples, o que é capaz de transmitir muitas ideias com poucas palavras e que muitas vezes cria refrões fáceis de decorar, se não da forma correta, pelo menos com uma sonoridade parecida, o famoso “embromation”. Existe ainda a peculiar situação onde a música tem uma melodia alegre, mas uma letra triste, ou até mesmo macabra, como é o caso da canção Maxwell’s Silver Hammer dos Beatles, que fala sobre um serial killer com uma melodia digna de programa infantil.

Seja por gosto, por necessidade ou falta de escolha, é inegável que o inglês permeia praticamente tudo ao nosso redor, e isso é especialmente verdade quando falamos de música, mas não apenas um obstáculo, as músicas internacionais são comumente usadas para estudar o idioma e podem ser fonte de muitas horas agradáveis de estudos.