Autor
Prof. Everton Gomes
data
29/8/23
categoria
Inglês
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É comum encontrar gente com lembranças da infância, de tardes passadas sentados aos pés dos avós ouvindo histórias sobre a Iara, Curupira, Saci, e até histórias mais tenebrosas sobre o Lobisomem e a Mula sem Cabeça. O folclore brasileiro é rico como poucos ao redor do mundo. Ainda assim existem lendas e mitos por toda parte, cada país tem seu velho misterioso ou então sua bruxa, que independentemente de logística, obstáculos geográficos e eventos climáticos são implacáveis no que se trata sua dieta, geralmente criancinhas.
Os países anglófonos compartilham, com suas pequenas correções e sotaques, um idioma rico e vivo. Mas as semelhanças acabam por aí, porque os folclores desses países, embora semelhantes em alguns aspectos, estão muito distantes uns dos outros em conteúdo cultural.
Quando chegaram à América do Norte, os ingleses foram recebidos pelos nativos da região, assim que começou esse contato houve troca de contos e anedotas entre as partes, já naquele tempo os mais antigos falavam sobre um homem peludo que vivia na mata e era difícil de rastrear. Sasquatch algumas tribos o chamavam, tinha pés enormes e por isso acabou ficando conhecido pelos colonos como Pé Grande. Décadas mais tarde, na Austrália, os ingleses também foram recepcionados pelos donos das terras e no intercâmbio cultural, aprendeu-se a história do Yowie, um homem peludo que vivia na mata e era difícil de rastrear. Curioso, não? Mas na América do Norte falavam de Pé Grande sequestrando crianças e jogando pedras nos viajantes, enquanto o Yowie tem uma presença neutra e tímida.
Mas mesmo que suas colônias fossem infestadas de homens selvagens, gigantes, espíritos e o eventual canibal, os ingleses já tinham muito com o que se preocupar, o cão negro que era mensageiro de péssimas notícias, Jack das molas nos sapatos um personagem endiabrado que dava pulos prodigiosos pelas ruas da Londres vitoriana, os fogos fátuos que eram esferas de luz que se via sobre pântanos e cemitérios para enganar os vivos a entrarem no mundo dos mortos. Isso sem nos aprofundarmos em trolls, ogros, aparições, panteras negras, cavaleiros mortos-vivos. É um folclore rico e repleto de criaturas e personagens que hoje, através das diversas mídias, nos achamos corriqueiros. Mas os trolls não vivem só na internet, eles são criaturas vivas, segundo a lenda.
Enfim, todos esses países e muitos outros, como Nova Zelândia e Canadá, celebram suas lendas orgulhosamente. Aqui no Brasil, nós deveríamos seguir esses bons exemplos. Por exemplo, você sabia que o Brasil também tem um Pé Grande?